quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ela, tão frágil sob a luz amarela do abajur





Por que a noite
é densa
e tenho medo?
Por que a mente
deságua sempre
esta torrente instável
sobre mim?
Oscila inquieta,
hora calma,
hora frágil,
despedaçando-se
sem me dizer porque.
Meus cigarros queimam
depressa demais,
as garrafas morrem caladas.
Onde estão todos vocês?
Tenho medo.
Que medo é esse?
Às vezes não consigo
me mover além da luz
deste abajur amarelo.
Mas passa,
o medo passa.
Mas
volta...
sempre volta:
tão genérico
quanto antes.