segunda-feira, 29 de março de 2010

Mancha Lunar

Uma mancha
no céu do meu quarto,
um borrão perdido,
esquecido,
escondido
daqueles olhos baixos
que deixavam
de se voltar para o infinito.
A mancha era aquilo:
um ser dual inconsciente,
apartado da própria existência,
cravado na face branca
de um teto de concreto lunar.







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